domingo, 20 de junho de 2010

HTPC DE 23/06/2010

ATINGINDO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Os mecanismos para atingir objetivos de aprendizagem podem ser organizados de três modos:

Competitivamente: alunos competem uns com os outros para descobrir que é o melhor ou mais rápido na conquista de um objetivo que apenas um ou poucos podem alcançar.
Individualmente: alunos trabalham sozinhos para alcançar objetivos sem relação com os outros.
Cooperativamente: alunos trabalham em conjunto para alcançar o mesmo objetivo.

Os mecanismos competitivos, individualistas ou cooperativos têm todos eles um papel na conquista de objetivos de aprendizagem. O ideal é que cada aluno aprenda como competir, trabalhar individualmente e em equipe.

FORMANDO GRUPOS OU PARES DE COOPERAÇÃO

Estudantes do século XXI são encorajados a alcançar seus objetivos de aprendizagem por meio de um trabalho de cooperação nas salas de aula. Cooperação envolve trabalho em equipe – trabalhar com uma ou mais pessoas para estabelecer objetivos e completar tarefas. Pesquisas indicam que a cooperação propicia oportunidades para que os alunos tenham maior sucesso acadêmico no sentido de que façam perguntas, discutam idéias, explorem soluções, esclareçam seu próprio pensamento e desenvolvam uma compreensão mais aprofundada do contexto. Da mesma forma, habilidades sociais, tais como saber ouvir e falar, compartilhar idéias, ajudar os outros e aceitar ajuda de outros quando necessário, podem ser adquiridas por meio de cooperação.

Grupos de cooperação ou pares podem ser formados da seguinte maneira:
- pelos próprios alunos com base na amizade ou interesses;
- por designação aleatória;
- pelo professor.

A orientação mais indicada aos professores é para que designem pares de estudantes que fiquem juntos durante todas as atividades de uma unidade, com o objetivo de um aprender com o outro. Esforços para separar pares que não estejam trabalhando bem são frequentemente improdutivos. Modificar pares durante uma unidade não é recomendado, pois nega ao aluno a oportunidade de aprender as habilidades necessárias para resolver problemas por meio da cooperação.
MEDIANDO A COOPERAÇÃO

A cooperação pode não vir naturalmente para os alunos e pode requerer motivação, instrução direta e tempo de prática. Por exemplo, formas de trabalhar em equipe devem ser discutidas, incluindo respeitar a vez do outro, ouvir quando outros estão falando e ser responsável pelo próprio aprendizado.

Quando os alunos estão interagindo e trabalhando em conjunto, o professor deve garantir que:

- todos os membros do grupo participem e sintam-se incluídos;
- todos os membros do grupo concordem a respeito dos objetivos e dos planos para criar um produto;
- todos os membros do grupo trabalhem em suas atribuições para completar seu produto;
- todos os membros do grupo revisem seu trabalho juntos para ver se podem melhorá-lo;
- todos os membros do grupo falem a respeito do trabalho e se ajudem ao longo do processo;

Obs.: quando os alunos trabalham em grupo, conflitos podem surgir.

Questão: Os mecanismos de aprendizagem podem ser organizados em três modos: competitivamente, individualmente, cooperativamente. Quais seriam as vantagens e desvantagens de cada forma de alcançar objetivos de aprendizagem? Você tem uma maneira preferida para alcançar seus objetivos de aprendizagem? Por quê?

terça-feira, 15 de junho de 2010

HTPC DE 16/06/2010

AVALIAÇÃO - Ciclo I
O que é Avaliação?

Avaliação é um processo continuo de aprendizagem no qual deve-se manter a interação entre professor e aluno .Neste caso avaliação não pode ser vista como método de reprovação mais uma especialidade para promover o conhecimento participativo ,coletivo e construtivo entre ambos.
Podemos afirmar também que avaliação se divide em diversas modalidades como formativa,diagnóstica,somativa entre outras.

Avaliação formativa "é um ponto de partida ,útil para assimilação ou retificação dos conteúdos abordados em aula e aplicando em estágios para um processo de aprendizagem avaliativo e possibilitando ao professor abordagens mais didáticas.

Avaliação somativa está integrada ao objetivos específicos a serem aplicados em aula e captar a rentabilidade cognitiva dos alunos na compreensão e aquisição dos conhecimentos adquiridos pelos educandos.

Avaliação diagnóstica seria a mais complexa entre as demais pois a diagnóstica trabalha com a visão do o todo das demais acima . A avaliação diagnóstica serve para nós educadores realizarmos os parâmetros do conhecimento dos nossos alunos do início ao fim de todo os processos avaliativo, ela avalia os conhecimentos dos alunos quanto aos conteúdos que ele captou durante o percurso aprendido.

A avaliação educacional

Neste texto de Ana Maria Avela Saul, retirado do site http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=019 será possível perceber que é difícil desvincular a avaliação de toda a prática educativa. A autora acentua que a avaliação tornou-se mais importante do que o processo de ensino-aprendizagem, transformando-se, muitas vezes, numa prática ameaçadora e autoritária. Aponta para a necessidade de se substituir a "Pedagogia da Avaliação" pela "Pedagogia do Ensino-Aprendizado"


Trajetória histórica da avaliação educacional
"A avaliação é uma constante em nosso dia-a-dia. Não aquela que fazemos ou que estamos comprometidos a fazer quando nos encontramos na Escola, mas um outro tipo, como aquele em que avaliamos impressões e sentimentos. (…) É assim que, nas interações cotidianas, em casa, em nossa trajetória profissional, durante o lazer, a avaliação sempre se faz presente e inclui um julgamento de valor sobre nós mesmos, sobre o que estamos fazendo, sobre o resultado de trabalhos.
Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação."
"Trazemos ainda uma forte marca norte-americana nas formas de trabalho, nos livros-texto, nas programações, nas ações de alteração curricular e, conseqüentemente, nas formas de avaliação."
"Vários autores conseguiram teorizar o cotidiano e a prática social, mostrando que as escolas possuem dentro delas, e a sociedade também, formas de resistência, no sentido de se oporem e recriarem a ideologia."


QUESTÃO:
1- Qual o tipo de avaliação utilizado no cotidiano de sua sala de aula? (responder de forma sintética, abordando os aspectos analisados no texto).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

congratulações

Parabéns a ¨E.E.PROF. AMINTAS ROCHA BRITO¨,pelo seu trabalho e dedicação, a nobre missão de ensinar, pela construção do conhecimento e a cidadania do nosso país.

ELOIR VALDRICK DE SOUZA ROCHA BRITO
9/06/2010

HTPC DE 08/06/2010

E.E. “Prof. AMINTAS ROCHA BRITO”.
…”A mente que se abre a uma idéia, jamais voltará ao seu tamanho original!”

H.T.P.C.(PIC) - 08/06/2010

”O momento atual é interessante porque põe a escola em crise”

Segundo Emilia Ferreiro, as mudanças tecnológicas e sociais trouxeram maiores exigências ao trabalho de alfabetização
Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br) WriteAutor(’Márcio Ferrari’);
"As primeiras tentativas já não são vistas como rabiscos, mas uma espécie de escrita" - EMÍLIA FERREIRO. foto: Rogério Albuquerque
Leia abaixo a íntegra da entrevista concedida pela psicolingüista argentina Emilia Ferreiro a NOVA ESCOLA em outubro de 2006. Emilia esteve em São Paulo para participar do 1o Seminário Victor Civita de Educação. Aqui ela avalia as mudanças ocorridas nas praticas de leitura e escrita nas últimas décadas, como conseqüência sobretudo das inovações tecnológicas no campo da informática.
Como se alteraram as concepções de alfabetização nestes quase 30 anos desde que foi publicado seu livro Psicogênese da Língua Escrita?
Mudou a concepção social do alfabetizado. O que se requer de uma pessoa alfabetizada hoje em dia é bem diferente do que em meados do século 20. Não é mais suficiente saber assinar o nome e conseguir ler instruções simples, como era na época da Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista dos usos sociais da escrita no mundo contemporâneo, temos uma complexidade cada vez maior. As circunstâncias de uso de leitura se tornaram muito freqüentes e variadas. O que não mudou é o tipo de esforço cognitivo exigido por esse sistema de marcas que a sociedade apresenta em espaços muito variados e a instituição escolar é obrigada a transmitir. O problema da relação entre essas marcas escritas e a língua oral continua sendo um mistério total nos primeiros momentos da alfabetização.
E quanto ao ensino?
Uma mudança positiva é que já não se consideram as produções das crianças de 4 ou 5 anos como tentativas erradas ou rabiscos, a exemplo do que se dizia antigamente, mas sim como uma espécie de escrita. Parece-me que agora há uma atitude positiva, como sempre houve em relação aos primeiros desenhos. Outro avanço tem a ver com não se assustar quando crianças pequenas querem escrever. Antes elas eram desestimuladas porque se achava que não "estavam na idade". Também se reconhece a importância de ler em voz alta para elas desde muito cedo. Já se sabe que existe uma diferença grande entre ler e contar uma história. Há um pequeno avanço - não tanto quanto deveria haver - na prática de ler textos distintos e na valorização da biblioteca de sala de aula. A simples atividade de ordenar os livros com as crianças, usando critérios múltiplos, já as aproxima muito da leitura e enriquece a escrita.
As coisas estão melhorando, então?
Evidentemente estou dando uma visão muito positiva. Sei que há um grande número de professores tradicionais que não mudaram nada e continuam usando cartilhas dos anos 1920 e 1930. A instituição escolar é muito conservadora, muda com dificuldade. O importante é ter consciência de que ela não está definida para sempre. O que ocorre fora a afeta e ela não pode fechar os olhos. Este é um momento interessante pelo avanço tecnológico, que põe a escola um pouco em crise. Existem coisas que poderiam ter constituído avanço, porém foram muito mal compreendidas, como acreditar que os níveis de conceitualização da leitura pela criança mudam por si mesmas e que não é preciso ensinar, apenas deixar que ela construa seu conhecimento sozinha.
As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes?
Sim, se aceitarmos que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto. Os novos meios entram não somente na vida profissional, mas no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e também fazê-los circular de maneira absolutamente inédita. No ano passado a Western Union, empresa que tinha o monopólio dos telegramas nos Estados Unidos, anunciou em sua página da internet que estava extinguindo esse serviço. Os telegramas tiveram muita importância no século 20, anunciando contratações, demissões, nascimentos e mortes - agora simplesmente não existem mais. Vemos então a desaparição de certos gêneros e a aparição de outros. O texto de email, por exemplo, não tem regras definidas. Não é como uma carta formal: podemos dizer se ela está bem escrita ou não, porque há um paradigma claro para isso. Quanto ao correio eletrônico, não. Algumas pessoas começam tradicionalmente, escrevendo "querido fulano", dois pontos, e continuam abaixo. Como se fosse uma carta formal. Muitos começam com "olá" ou mesmo sem nenhuma introdução - vai-se diretamente para o texto da mensagem. Tampouco se sabe como terminar. Alguns põem o nome; outros não, porque já está escrito no cabeçalho. É uma espécie de escrita selvagem. Não está normatizada e se prolifera. É difícil dizer se acabará constituindo um estilo.
O que significa, então, estar alfabetizado hoje?
É poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras que encerra a beleza da obra literária. Se algo parecido com isso é estar alfabetizado hoje em dia, fica claro por que tem sido tão difícil. Não é uma tarefa para se cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade. Quanto mais cedo começar, melhor.
E possível dizer quando termina?
Difícil… Eu tenho duas classes de pós-graduação e continuo alfabetizando meus alunos, porque é a primeira vez que enfrentam um certo tipo de texto que apenas a literatura especializada produz e é difícil de ler. Além disso, eles têm de escrever um objeto denominado tese, que também não é fácil de escrever, primeiro porque é algo que se produz apenas uma ou duas vezes na vida e nunca mais; segundo porque é uma combinação de texto descritivo e argumentativo, com características próprias. Ler fazendo uma pesquisa na internet é um modo particular de ler, tirando informações e tomando decisões rapidamente. Os tempos de utilização da internet podem ser prolongados, mas o mais comum é que se faça um uso ágil. Não é o mesmo que entrar numa biblioteca. A quantidade de erros de ortografia que se registram nos emails é enorme. Isso porque a utilização é muito rápida e não costuma exigir correção. Escreve-se e manda-se. Se for necessário dizer mais alguma coisa, manda-se outro.
No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet.
Isso acontece em toda parte; é um fenômeno muito generalizado. Uma vez mais, não sabemos se é uma tendência importante ou se passará sem deixar marcas. O certo é que eles estão fazendo com a escrita um jogo muito divertido. É uma transgressão, mas para isso é preciso conhecer alguma coisa da escrita. Porque afinal alguém tem que receber essa mensagem e ler, ou seja, é preciso dar pistas para ser entendido. Um dado curioso é que o uso generalizado da letra K nesse tipo de mensagem parece quase obrigatório. Acontece também em espanhol, no qual o K é tão raro quanto em português. E também é um recurso das crianças nas fases iniciais da alfabetização. A letra K sempre tem o mesmo som, enquanto a letra C não é confiável, tem muitos sons diferentes. Então as crianças ficam mais seguras usando o K.
O email incentiva a prática da escrita?
Acho que sim. Talvez não se leiam tantos livros atualmente, mas há mais ocasiões de praticar a leitura e a escrita do que antes. Quando são feitas pesquisas acerca do comportamento leitor de uma população, a pergunta inevitável é: "Quantos livros leu no último ano?" Os resultados na América Latina costumam ser lamentáveis, mas não se pode tirar imediatamente a conclusão de que, no geral, se lê menos. Certamente a leitura de um livro e do resultado de uma partida de futebol numa página da web não são equivalentes em termos de esforço leitor; são práticas muito diferentes.
Isso pode levar a um maior interesse pela leitura em geral, que acabe se refletindo na leitura de livros?
Talvez, mas seguramente não há uma relação de causa e efeito. Na medida em que alguém pratica mais, torna-se mais competente e quem sabe possa atrever-se a outros gêneros, suportes e obras frente aos quais antes tinha uma atitude de rechaço ou temor. O que é importante distinguir é que sob o verbo ler estamos agrupando muitos tipos de leitura e o mesmo vale para o verbo escrever. Pelo lado de quem lê ou escreve, há diversidade de propósitos, de circunstâncias, de tempo de organização. E pelo lado daquilo que se lê e se escreve - ou seja, os gêneros - também há diversidade e deve-se incluir agora os emails, os chats etc. Por isso é tão ambíguo o discurso sobre a introdução das tecnologias no âmbito escolar. O professor não sabe bem o que fazer com ele. Então inventou-se a sala de informática, freqüentada apenas em horários determinados. É uma maneira de não incluir o computador na atividade cotidiana. A introdução dos computadores na escola é mais uma manobra econômica do que uma necessidade pedagógica sentida como tal.
Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada.
Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos sempre odiaram fazê-la, porque num texto à mão as correções deixam um aspecto horrível. E é preciso passar a limpo, voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimentamos suprimir trechos ou mudá-los de lugar, com a possibilidade de desfazer se não ficar bom. Depois de muitíssimas intervenções, o que temos na tela é um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para
que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem. E com o processador de texto elas podem trabalhar também com uma coisa que nunca trabalharam, o formato: largura das linhas, mudanças tipográficas, sublinhamento, manipulação do tamanho das letras etc.
Os computadores podem ser mais um estímulo para a alfabetização?
Nos lugares em que as crianças têm computadores em casa, o fato de haver na escola não fascina muito, embora elas possam descobrir novos usos ao trabalhar em grupos na sala de aula. Mas nas camadas mais desfavorecidas da população os computadores possuem mais atrativos, porque todos sabem que é um objeto muito valorizado socialmente e tem múltiplos usos possíveis. O problema é que os computadores necessitam de suporte técnico e, quando são instalados na escola, ninguém se lembra disso. Portanto, muitas vezes as máquinas estão lá, só que inutilizadas.

Questões para serem respondidas :
1- Quando a pesquisadora faz a colocação “Este é um momento interessante pelo avanço tecnológico, que põe a escola um pouco em crise.”O que ela quis dizer efetivamente com esta colocação?
2- Faça um comentário sobre esta colocação da pesquisadora: ” A instituição escolar é muito conservadora, muda com dificuldade. O importante é ter consciência de que ela não está definida para sempre”.
3- De acordo com o seu ponto de vista as novas tecnologias trouxeram mudanças importantes?

FONTE: REVISTA ESCOLA
Já pensou se o trem passasse pela estação sem parar?
Quantas pessoas não chegariam ao seu destino?
E quantas passariam por ele sem poder chegar?
Pois é, quem passa pela vida e não a percebe
é como o trem que não pára na estação.
Não cumpre a sua missão, é inútil, desnecessário.
Por isso, pare em cada estação que vislumbrar,
acolha todas as pessoas que se aproximarem de você
e deixe ir as que não precisam estar tão perto.
Assim estará cumprindo sua missão,
tornando-se útil e necessário.
Não passe pela vida sem percebê-la.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mensagem: A GENTE SE ACOSTUMA - Marina Colassanti 

Bem-vindos ao H.T.P.C on-line!

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

HTPC DE 02/06/2010

Desenvolvendo Habilidades do Século XXI


Nos ambientes de trabalho do século XXI, empregados

• analisam, transformam e criam informação;

•colaboram com colegas de trabalho para resolver problemas e tomar decisões;

• executam uma variedade de tarefas complexas utilizando tecnologia sofisticada.


Nos lares do século XXI, famílias

• obtêm entretenimento assistindo, criando e participando de uma variedade de mídias;

• escolhem o que consumir pesquisando informações na Internet;

• mantêm-se em contato com amigos e membros da família por meio de várias tecnologias.


Nas comunidades do século XXI, cidadãos

• utilizam a Internet para se manter informados a respeito de questões locais, nacionais e globais;

• comunicam suas opiniões e convencem outras pessoas utilizando várias tecnologias;

• cumprem obrigações governamentais sem sair de suas casas.


À medida que os computadores passam a executar tarefas rotineiras no local de trabalho, um número maior de empregados participa de tarefas que exigem deles flexibilidade e criatividade na resolução de problemas. A vida doméstica também é mais complexa no século XXI, uma vez que tecnologias emergentes proporcionam possibilidades quase infinitas de entretenimento, atividades de lazer e participação em atividades comunitárias.


As escolas do século XXI devem preparar os alunos para trabalhar nesses ambientes, mas também é importante que os professores estejam atualizados quanto ao uso que os alunos e as famílias fazem da tecnologia no cotidiano.

Nas escolas do século XXI, alunos:

• trabalham em tarefas complexas e desafiadoras que exigem que eles reflitam sobre o conteúdo em questão e monitorem a própria aprendizagem;


• colaboram com colegas, professores e especialistas em tarefas relevantes utilizando raciocínio complexo;

• utilizam tecnologia para tomar decisões, resolver problemas e criar novas idéias.

Para ajudar o aluno a alcançar níveis de total participação em sua comunidade, os professores devem concentrar-se nas habilidades para o século XXI relacionadas abaixo, as quais ajudarão o jovem a adaptar-se às constantes mudanças na sociedade e na tecnologia:


• Responsabilidade e Adaptabilidade—Exercendo responsabilidade pessoal e flexibilidade nos contextos pessoal, de trabalho e da comunidade; estabelecendo e alcançando altos padrões e objetivos para si próprio e para os outros; tolerando ambigüidade.


Boa Comunicação—Entendendo, gerenciando e criando comunicação oral, escrita e multimídia eficiente em diferentes formas e contextos.


Criatividade e Curiosidade Intelectual—Desenvolvendo, implementando e comunicando novas idéias a outros; permanecendo aberto e receptivo a perspectivas novas e diversas.


Pensamento Crítico e Pensamento Sistêmico—Exercendo raciocínio lógico para compreender e fazer escolhas complexas; entendendo as interligações entre sistemas.


Alfabetização Tecnológica e de Mídia—Analisando, acessando, gerenciando, integrando, avaliando e criando informação em várias mídias e formatos.


Habilidades de Relacionamento e de Colaboração—Demonstrando capacidade de trabalhar em grupo e liderança; adaptando-se a diferentes funções e responsabilidades; trabalhando com outros de forma produtiva; exercendo empatia; respeitando perspectivas diferentes.


Identificação de Problemas, Formulação e Solução—Habilidade para isolar, analisar e resolver problemas.


Autodirecionamento—Monitorando sua própria compreensão e necessidades de aprendizagem, localizando recursos apropriados, transferindo aprendizagem de um domínio para outro.


Responsabilidade Social—Agindo de maneira responsável com respeito aos interesses da maioria da comunidade; demonstrando comportamento ético nos contextos pessoal, profissional e comunitário.


QUESTÃO 1: O QUE OS ALUNOS PRECISAM SABER PARA QUE SEJAM BEM SUCEDIDOS NO AMBIENTE DE TRABALHO DO SÉCULO XXI?


QUESTÃO 2: COMO VOCÊ APRENDIA QUANDO FREQUENTAVA A ESCOLA? DO QUE VOCÊ GOSTAVA NO MODO COMO ERA ENSINADO? COMO VOCÊ ACHA QUE PODERIA TER APRENDIDO MELHOR, OU SEJA, QUAIS FORAM SUAS FRUSTRAÇÕES?

Diretor:
André Luis Teixeira Ribeiro

Vice-Diretora:
Marcia Regina Novakoski

Coordenadora Pedagógica:
Maria Silvia Prince